Os estudos do Quaternário destacam a Geologia de Engenharia como o eixo de pesquisa dos processos de transformação da natureza, originados pelo homem, especialmente por meio da Engenharia, contando com o apoio da Mecânica dos Solos e da Mecânica das Rochas que, com a Geologia de Engenharia, formam o campo da Geotecnia.

A Geologia de Engenharia se consolidou durante a implantação das obras civis de grande porte, especialmente as barragens de hidroelétricas e rodovias, construídas no país, durante as décadas de 1950 a 70. Seu progresso é atestado pela realização do 2º Congresso Internacional de Geologia de Engenharia já em 1974 na cidade de São Paulo organizado pela Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental.

Desde a década de 80, essa consolidação vem propiciando uma vasta diversificação das áreas de atuação, sobretudo na área de meio ambiente, onde desenvolve projetos de reconhecida importância sócio – ambiental como a cartografia geotécnica para a expansão urbana de várias cidades brasileiras e os planos preventivos de defesa civil, além de contribuir intensamente com métodos e técnicas para os estudos multidisciplinares exigidos pela abordagem ambiental, como os EIAs – Rimas.

Atualmente, a Geologia de Engenharia e Meio Ambiente destaca, como algumas de suas grandes áreas de pesquisa, a Geologia Urbana, o aprimoramento de métodos e técnicas nos estudos ambientais e as Mudanças Globais. Nestas áreas, a abordagem dos problemas ambientais está sendo enriquecida, cientifica e eticamente, pela consideração do homem como agente geológico que vem transformando intensamente as paisagens quaternárias, para as novas paisagens, ditas tecnogênicas ou quinárias.